quinta-feira, 7 de julho de 2016

Melhores Pais do Universo...

A minha Mãe, para mim é tudo que há no mundo. É a mulher da minha vida, talvez, nunca irei amar ninguém como a amo. É a minha melhor amiga, companheira, lutadora, etc.
A minha Mãe sofreu muito para me ter, luta por mim e pela minha deficiência, tenta dar-me o melhor da vida, não come para dar-me (o que passou em cuba), etc.
Eu por a minha Mãe vou ao fim do mundo para estar com ela e para lhe dar o melhor. Ex: Se a minha mãe estive com uma doença rara, eu seria capaz de ir com ela para o melhor hospital do Mundo. Só para ela estar bem.
Se um dia, a minha Mãe morrer, parte de mim morre com ela e não serei feliz como sou, neste momento.
Sem ela, não sou a Rita que sou agora, feliz, contente, simpática, lutadora, humilde, sorridente para aqueles que olham de lado, etc. Quando ando na rua, algumas pessoas olham-me espantados, a minha Mãe apercebe-se e manda uma boca: “Cruzes, minha Senhora, nunca viu uma menina a andar torta. Por amor de Deus, não é preciso ficar espantada!” Eu digo: “Ó mãe, cala-te.” e ela diz: “Calo porquê? As pessoas não podem ser assim, burras. Agora, por ver uma rapariga a andar mais torta, ficam feitas burra a olharem. Não podem ser assim”. É isto que aprendo com a minha mãe, a ignorar as pessoas inúteis.
Quando eu digo a fase “eu sou deficiente”, a minha Mãe diz “todos nós somos deficientes, ou de um olho, ou de um dedo, ou de uma pena, ou de um pé, etc. Se não é duma coisa é da outra.” Ao ouvir isto, dá-me mais força para ir em frente, com a minha vida.
O meu Pai, é o meu amor também. É o meu melhor amigo, companheiro, lutador, etc.
Foi ele que me viu nascer e que acompanhou nos primeiros dias de vida, para hospitais, e acompanha para todo o lado.
Eu por o meu Pai, faço tudo e mais alguma coisa. Como ele faz por mim.
Se um dia, o meu pai morrer, eu morro de saudades.
Sem ele não sou a Rita que sou agora, feliz, contente, simpática, lutadora, humilde, sorridente para aqueles que olham de lado, etc.
Quando eu também digo a fase “eu sou deficiente”, o meu Pai diz: “Para mim não és deficiente. Só não andas como eu, se as outras pessoas não gostam de ti assim, eu gosto.” Ao ouvir isto, dá-me mais força para ir em frente, com a minha vida. 

Os meus Pais são os melhores pais do universo. Não sei como lhes agradecer.
Se eu estou vida, é graças à minha Mãe e ao meu Pai, porque lutaram para eu sobreviver, ou numa cama, ou numa cadeira de rodas, não interessa, “A Rita nasceu para viver connosco”. Para os meus Pais tiro o chapéu e ponho a passadeira vermelha.
Muito obrigada por tudo. Amo-vos e adoro-vos para sempre…