Apresentação

Olá!
Sejam bem-vindos ao meu blog. 

Neste “cantinho” vou revelar um pouco do que sou; o quanto luto e lutei para chegar onde cheguei; a forma como vejo o mundo; o que me vai na mente.

Chamo-me Ana Rita Duarte da Silva, mas todos me chamam Rita. Nasci a 6 de Maio de 1994, em Barcelos. Atualmente tenho 22 anos. 

Sou portadora de paralisia cerebral. 

A minha paralisia deveu-se a erros médicos à minha nascença, erros esses de uma clínica particular, em Barcelos. Estava tudo decidido para nascer no dia 13 de Maio, dia de Nossa Senhora, mas antecipei-me, quis o destino a antecipação de sete dias mais cedo. O vir ao mundo mais cedo uns dias, não foi a causa da minha paralisia, mas sim uma complicação no meu nascimento (asfixia). 

Na verdade sou uma rapariga normal, em termos mentais. O que a paralisia afetou foi a marcha e um pouco a fala. Necessito de ajuda de um andarilho para me deslocar e, se o percurso for maior desloco-me em cadeira-de-rodas, para não me cansar tanto e, porque ando devagar.

Mas isto não me incomoda nem impede de ser feliz e de sonhar juntamente com o apoio da minha família. 

Para chegar até aqui foi necessário muito “trabalho”, muito empenho e persistência. Eu consegui uma licenciatura em Finanças, no IPCA, em Barcelos.
Atualmente, estou a trabalho nas Piscinas Municipais de Barcelos, mas a executar trabalho da Câmara Municipal de Barcelos na minha área (finanças). Não foi possivel ir para o edifício da Câmara, por este não ter acessos adequados para pessoas que necessitam de um andarilho ou cadeira-de-rodas para se deslocar.

 Se sou lutadora? Sim, mas acima de tudo, vou em busca dos meus sonhos!

Escrevo textos sobre o meu passado com o objetivo de demostrar a minha história de vida e incentivar outras pessoas, que se encontrem numa situação igual ou idêntica há minha, a não desistirem dos seus sonhos, objetivos e a não estarem “paradas” (sem fazerem nada, á espera que os dias passem). Não quero que as pessoas, ao lerem os meus textos, tenham pena de mim nem que chamem de “coitadinha”. Pois isso eu não o sou. Sou sim, uma lutadora, uma guerreira e que nunca desisti nem desisto de realizar os meus objetivos e sonhos.

Gostava que as pessoas (publico) não esquecessem deste texto, que ficassem na vossa memória, que não chamassem ninguém de “coitadinha” e que tratassem todos de forma igual.